Leia o soneto a seguir, de Cláudio Manuel da Costa.
“Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei, que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.”
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo sobre o soneto.
() Através da imagem do “berço” (v. 02), o poeta celebra a sua terra natal, que é representada em sintonia com os seus próprios sentimentos.
() O emprego das palavras “alma” (v. 04), “peito” (v. 04) e “coração” (v. 07) funciona como disfarce para o artificialismo e a frieza dos sentimentos do poeta árcade.
() Nos versos 05 a 08, o amor, que vence o poeta, é apresentado através de metáforas que simbolizam ações de guerra.
() No final dos versas 09, 11 e 13, o emprego das palavras rimadas “dano”, “engano” e “tirano” reforça o sofrimento e a incerteza inerentes à experiência do amor.
() Nos versos 12 a 14, o poeta humaniza a natureza e dirige-se às penhas, alertando-as em relação à força irresistível do amor.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é