O Brasil tem uma das menores populações negras(7) do mundo, para o IBGE(4). “Se continuarmos como está, o censo demográfico ainda irá mostrar que o Brasil tem menos negros(8) do que a França”, ..................(1) Wania Sant’Anna, historiadora e pesquisadora. Com a segunda maior população negra do mundo, conforme relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, publicado em 1997, o Brasil possuiria(5), para o IBGE, a pouco expressiva porcentagem de 5% de negros em sua população(6), segundo o censo demográfico de 1991. Para o IBGE, também fazem parte do caldeirão racial brasileiro 45% de pardos e 50% de brancos.
Na mira dos ativistas negros, a categoria “pardos”, no questionário do censo do IBGE, é vista como “inconsistente”. Segundo eles, esse é um balaio-de-gatos(13) que dificilmente é alcançado por políticas sociais. “Um diálogo franco e aberto entre os brasileiros(9) pode levar a população parda(10) a se declarar negra. Não queremos colocar camisa-de-força(14) em ninguém. Gostaríamos que os pardos(11) fossem mais livres para dizer: ‘Eu tenho essa origem e não tenho problemas com relação a isso’”(15), ...................(2) Ivanir dos Santos, secretário executivo do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).
A solução apontada pelo IBGE para a demanda do movimento negro é incluir no questionário do ano 2000, além da habitual pergunta sobre cor e raça, uma questão sobre a origem. “Acho pertinente, porque nunca investigamos no censo as origens do povo brasileiro(12). De antemão(17), através de nossos testes, já(18) sabemos(17) que poucas pessoas pardas se dizem afrodescendentes”(16), ............................(3) Simon Schwartzman, presidente do IBGE.
(CORDOVIL, Cláudio. A invisibilidade do censo. Jornal do Brasil, 17 de maio de 1998.)
Assinale a alternativa que apresenta uma frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais do padrão culto.