Leia o texto abaixo, sobre o trabalho no período medieval.
Quando havia pressa, como em época de colheita, tinha primeiro que sagar o grão nas terras do senhor. Esses "dias da dádiva" não faziam parte do trabalho normal [...]. A propriedade do senhor tinha que ser arada primeiro, semeada primeiro e ceifada primeiro. Uma tempestade ameaçava fazer perder a colheita? Então, era a plantação do senhor a primeira que deveria ser salva. Chegava o tempo da colheita, quando a ceita tinha de ser rapidamente concluída? Então, o camponês deveria deixar seus campos e segar o campo do senhor. Havia qualquer produto posto de lado para ser vendido no pequeno mercado local? Entào, deveriam ser o grão e o vinho do senhor os que o camponês condizia ao mercado e vendia primeiro. Uma estrada ou uma ponte necessitavam reparos? Então, o camponês deveria deixar seu trabalho e atender à nova tarefa. O camponês desejava que seu trigo fosse moído ou suas uvas esmagadas na prensa do lagar? Poderia fazê-lo, mas tratava-se do moinho ou prensa do senhor e exigia-se pagamento para sua utilização.
(HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1983)
Considere as seguintes afirmações, relativas ao texto acima.
I. O texto explica a dinâmica de funcionamento das relações de suserania e vassalagem.
II. O texto apresenta aspectos da vida cotidiana dos artesãos nas guildas senhoriais.
III. A exploração direta do trabalho do camponês era uma das formas pelas quais o senhor extraía o excedente produzido por aquele.
Quais estão corretas?