Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões.
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence o vencedor;
É o tempo que nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é meu Amor?
Com relação ao soneto acima, considere as seguintes afirmações.
I. Vale-se de uma forma relativa para definir o amor.
II. Constrói-se sobre antíteses.
III. Constrói-se sobre metonímias que remetem à mulher amada.
Quais estão corretas?