Leia o soneto abaixo, A um Poeta, de Olavo Bilac.
Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal moda, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Beneditino: religioso reconhecido por sua dedicação ao trabalho. / Claustro: cela.
É correto afirmar que, em A um Poeta, o autor sugere ao poeta