Protestos a Arminda

Conheço muitas pastoras

Que beleza e graça têm,

Mas é uma só que eu amo

Só Arminda e mais ninguém.

Revolvam meu coração

Procurem meu peito bem,

Verão estar dentro dele

Só Arminda e mais ninguém.

De tantas, quantas belezas

Os meus ternos olhos veem,

Nenhuma outra me agrada

Só Arminda e mais ninguém.

Estes suspiros que eu solto

Vão buscar meu doce bem,

É causa dos meus suspiros

Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito

Guardá-los nele convém,

Guardá-los aonde os veja

Só Arminda e mais ninguém.

Não cuidem que a mim me importa

Parecer às outras bem,

Basta que de mim se agrade

Só Arminda e mais ninguém.

Não me alegra, ou me desgosta

Doutra o mimo, ou o desdém,

Satisfaz-me e me contenta

Só Arminda e mais ninguém.

Cantem os outros pastores

Outras pastoras também,

Que eu canto e cantarei sempre

Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Assinale a alternativa que indica duas estrofes em que o termo “Arminda” surge como paciente da ação expressa pelo verbo da oração de que faz parte.