Em 1914, 85% das terras do planeta eram áreas coloniais. O dado é impressionante e nos revela de que maneira a Europa tornou-se “senhora do mundo ”. Tal número é reflexo de um novo movimento imperialista ocorrido principalmente a partir dos anos 1870. (...) Importa destacar que naquele momento [década de 1870] formulou-se um emaranhado de explicações culturais, humanitárias e filosóficas para explicar a necessidade do imperialismo.
(Adhemar Marques e outros, História contemporânea através de textos.)
II. Ainda em 1939, a Grã-Bretanha tinha comércio “internações” comparável ao dos Estados Unidos, e uma força industrial tão desenvolvida quanto a da Alemanha. (...) a guerra fria e os conflitos do Oriente Médio continuavam a onerar o orçamento, ao passo que a Alemanha e o Japão, e até a Itália, concorrentes industriais, podiam se reconstruir sem ter que suportar esses fardos. (...) Na África do Norte [francesa], por exemplo, a ajuda financeira metropolitana direta quadruplicou, de 1948 a 1951, e, no mesmo período, 15% dos investimentos franceses foram para as colônias, proporção que alcançou 20% em 1955.
(Marc Ferro, História das colonizações — Das conquistas às independências — Séculos XIII a XX.)
a) Como as nações europeias justificavam a ocupação e a neocolonização da África a partir do século XIX?
b) No fragmento II, identifique o problema vivido pela França e pela Grã-Bretanha em relação aos seus espaços neocoloniais na África.