Dia-a-dia os traficantes estão raptando nosso povo - crianças deste país, filhos de nobres e vassalos, até mesmo pessoas de nossa própria família. (...) Essa forma de corrupção e vício está tão difundida que nossa terra acha-se completamente despovoada. (...) Neste nosso reino, só precisamos de padres e professores, nada de mercadorias, a menos que sejam vinho e farinha para a Missa. (...) É nosso desejo que este reino não seja um lugar de tráfico ou transporte de escravos.
(Carta de Affonso I, Manikongo [governante do reino do Kongo, 1526] ao rei de Portugal, em Adam Hochschild, O fantasma do rei Leopoldo.)
As esperanças do Manikongo foram frustradas, pois a presença portuguesa na África, no século XVI, estava subordinada aos princípios