A borboleta
Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: “Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os *nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: - Ah!, sim, um lepidóptero...
(Mário Quintana, Caderno H.)
nasóculos = óculos sem hastes, ajustáveis ao nariz.
Depreende-se desse fragmento que, para Mário Quintana,