Oh! Maldito o primeiro que, no mundo,

Nas ondas vela pôs em seco lenho!

Digno da eterna pena do Profundo,

Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!

Nunca juízo algum, alto e profundo,

Nem cítara sonora ou vivo engenho,

Te dê por isso fama nem memória,

Mas contigo se acabe o nome e a glória.

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas

  1. a) Considerando este trecho da fala do velho do Restelo no contexto da obra a que pertence, explique os dois primeiros versos, esclarecendo o motivo da maldição que, neles, é lançada.

  2. b) Nos quatro últimos versos, está implicada uma determinada concepção da função da arte. Identifique essa concepção, explicando-a brevemente.