Torno a ver-vos, ó montes: o destino

Aqui me torna a pôr nestes outeiros,

Onde um tempo os gabões deixei grosseiros

Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,

Os meus fiéis, meus doces companheiros,

Vendo correr os míseros vaqueiros

Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,

Que chega a ter mais preço, e mais valia

Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto.

Aqui descanso a louca fantasia,

o que até agora se tornava em pranto

Se converta em afetos de alegria.

COSTA, Cláudio Manoel da. In: FILHO, Domício Proença. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78/9.

Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor.