No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena:

Não se conformou; devia haver engano.(1)… )

Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos(2).

Passar a vida inteira assim no toco(3), entregando o que era dele de mão beijada!(4) Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria?

O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.

Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou(5). Bem, bem. Não era preciso barulho não.

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 91ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho: