A Revolução Cubana de 1959 derrubou um ditador que representava os interesses de uma elite local associada aos EUA. Foi, portanto, uma revolução nacionalista contra um esquema de poder clássico — o da associação de um império com elites locais dependentes. Mas ocorreu no auge da Guerra Fria e, dada a rejeição radical que teve do governo norte-americano, inconformado com a nacionalização de empresas, não demorou muito para se tornar uma revolução comunista. Não importa, agora, saber se a revolução teria se limitado a ser uma revolução nacional se os EUA houvessem então aceitado as nacionalizações e negociado. Importa, sim, saber se Cuba teve êxito ou não, e que futuro ela tem diante de si.
Luiz Carlos Bresser-Pereira. Cuba e o socialismo possível. In: Estudos Avançados, 25 (72), 2011, p. 227 (com adaptações).
Considerando o texto precedente e os acontecimentos históricos a ele relacionados, assinale a opção correta.