[1] Em 2017, completam-se 500 anos desde que o alemão Martinho Lutero (1483-1546) desencadeou uma revolução religiosa. A jornalista Miriam Leitão, filha de um pastor [4] presbiteriano, escreveu: “Como em toda revolução, o ato inicial da Reforma Protestante foi feito sem que o padre e professor Martinho Lutero tivesse a noção da dimensão das [7] transformações das quais aquele momento seria o marco inaugural. Ele queria o debate. E, por isso, afixou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, em um texto em que [10] convidava quem não pudesse estar presente a apresentar suas ideias por escrito. Suas teses eram curtas, mas profundas. Como a de número 76: ‘As indulgências papais não podem [13] anular sequer o menor dos pecados veniais’. Foi o começo do fim de uma era.”.
O Globo, 1.o/1/2017, p. 13 (com adaptações).

Considerando o trecho de texto precedente, julgue o item.

Ao afirmar que o ano de 1517 marcou “o começo do fim de uma era”, o texto refere-se ao fato de que a reforma religiosa iniciada por Lutero rompeu com a hegemonia exercida pela Igreja Católica no cristianismo europeu medieval e deu origem ao protestantismo. Esse rompimento suscitou um contexto de intolerância que provocou guerras religiosas na Europa ao longo da Idade Moderna.