[1] De todas as formas musicais, a ópera é a que gera mais emoção e paixão. Ao contrário da sinfonia, do concerto e da sonata, a ópera não se desenvolveu gradualmente: ela irrompeu [4] de forma explosiva no cenário da história; porém, o que a torna singular na música e faz de sua invenção um verdadeiro big bang é que ela é a forma segundo a qual a música interage [7] com o mundo real, o amor, a morte, a política. A história da ópera é manchada pelo sangue das revoluções. Na ópera, vê-se a fusão da música com histórias e ideias universais, uma [10] combinação inevitavelmente irresistível. Nos séculos que se seguiram à criação da ópera, seu caso de amor com o poder, a política e o destino alcançou águas muito profundas.
Howard Goodall. Big bang moments in musical history: 2. The inventing of the opera. Série de TV, Channel 4, UK, 2000 (traduzido e adaptado).
Tendo como referência o fragmento de texto acima e as ideias por ele suscitadas, julgue o item a seguir.
Ao afirmar que a “música interage com o mundo real” (l. 6 e 7) e que a “história da ópera é manchada pelo sangue das revoluções” (l. 7 e 8), o texto remete tanto ao cenário histórico europeu marcado pelas ondas revolucionárias da primeira metade do século XIX quanto à afirmação da identidade nacional que o romantismo buscou expressar.