[1] As realizações científicas da física no século XVII, em
parte inspiradas em um revivescimento do interesse pelo
atomismo grego e pela filosofia epicurista, muito contribuíram
[4] para incentivar tentativas cada vez mais complexas de explicar
a ação humana sem recorrer às crenças, aos desejos, às
intenções e aos julgamentos morais dos agentes. Por que não
[7] estender ao estudo das criaturas vivas os métodos e modos de
abstração que se haviam revelado tão úteis na explicação e
previsão de fenômenos físicos que iam dos corpos celestes ao
[10] movimento local e à reflexão da luz? O iluminismo setecentista
foi além e usou o crescimento do conhecimento científico
como antídoto contra o veneno do dogma teológico imposto e
[13] a autoridade arbitrária nas questões de crença.
Eduardo Giannetti. O mercado das crenças – filosofia econômica e mudança social. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 41.
Considerando os sentidos e as estruturas do texto acima e outros aspectos por ele suscitados, julgue o item que se segue.
Sem contrariar a informação apresentada e a prescrição gramatical, o complemento da forma verbal “recorrer” (L.5) poderia ser expresso da seguinte forma: a crença, desejo, intenção e julgamento moral dos agentes.