Goethe (1749-1822) sublinhou com justeza que o carnaval é a única festa que o povo se dá a si mesmo, o povo não recebe nada, não sente veneração por ninguém, ele se sente o senhor, e unicamente o senhor (não há convidados, nem espectadores, todos são senhores); em segundo lugar, a multidão é tudo, menos melancólica: desde que o sinal da festa soa, todos, mesmo os mais graves, depõem sua gravidade.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Brasília: Ed. UnB, 1996, p. 217-8 (com adaptações).

Considerando o texto, de Mikhail Bakhtin, e as imagens acima, julgue o item.

A obra Parangolé, de Hélio Oiticica, figura como bom exemplo da arte que conjuga a expressão corporal — a dança rítmica carnavalesca — com a expressão visual — o colorido das vestimentas dos passistas.