O teatro é base de toda educação criativa. Dele fluem todas as artes. O homem primitivo expressou-se, antes, dramaticamente: dançava mimeticamente, criando os sons. Depois, necessitou da arte, para pintar-se, ou cobrir-se com peles de animais, ou magicamente representar suas ações nas paredes das cavernas; e a música foi essencial para dar ritmo e tempo à sua dança dramática. A criança “inventa” e, em seu “faz de conta”, necessita de música, dança, artes plásticas e habilidades manuais. A expressão dramática provê as outras artes de um significado e um objetivo para a criança. A criatividade espontânea fundamenta-se na experiência dos sentidos e, ao enfocá-la quer psicodramaticamente, quer cineticamente, verificamos que a espontaneidade tem sua base na imaginação dramática.
Courtney. Jogo, teatro e pensamento – As bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva, 1980, p. 56-7 (com adaptações).
Tendo como referência as ideias desenvolvidas no texto acima, julgue o item.
Com base no texto, conclui-se que a criança, por ter o dom de inventar, cria narrativas fundamentando-se na lógica cartesiana e, portanto, prescinde da arte em seu faz de conta dramático.