[1] Ainda que aparentemente movida apenas pelo
sentimento geral de lusofobia, característico da época, a
geração romântica, fundamentada nas concepções
[4] evolucionistas da linguística da época, segundo as quais as
línguas se comportavam como seres vivos e, portanto, nasciam,
cresciam, envelheciam e morriam, aspirou a uma língua
[7] própria, a chamada língua brasileira, instalando uma polêmica,
que será retomada, de forma mais radical, pela primeira
geração modernista, a da Semana de Arte Moderna, de 1922.
[10] Enquanto os românticos — apesar de acreditarem que o
nascimento da chamada língua brasileira era fato contra o qual
não se poderiam insurgir — não reivindicavam mais que o
[13] direito a certa originalidade, os escritores modernistas serão os
que, de fato, buscarão, na realidade linguística brasileira, as
formas que constituirão a sua expressão.
Tânia C. F. Lobo. Variantes nacionais do português: sobre a questão da definição do português do Brasil. In: Revista Internacional de Língua Portuguesa. Lisboa, dez./1994, p. 9-15. Internet: (com adaptações).
Julgue o item subsequente, relativos ao texto acima e ao tema nele abordado.
A Semana de Arte Moderna, de 1922, integra um contexto rico em manifestações de repúdio ao atraso econômico e social do país, às instituições políticas, definidas como carcomidas, e a padrões culturais que, tendo por referência a cultura europeia, viravam as costas para o Brasil. É nesse contexto que explodem, por exemplo, as rebeliões tenentistas, que se tornaram uma espécie de balão de ensaio para a denominada Revolução de 1930.