Muitas vezes, uma descoberta não está relacionada a fenômeno específico, mas a um arcabouço conceitual, que irá dar forma às descobertas subsequentes. Um exemplo disso é o primeiro dos paradoxos de Zenão, conhecido como paradoxo da flecha, em que se afirma que uma flecha, ao alçar voo, está, em cada instante, em um único lugar e perfeitamente parada e, portanto, seria um paradoxo que, ao final de um tempo qualquer, essa flecha tivesse percorrido qualquer distância. Assim, pelo seu caráter paradoxal, o movimento, segundo Zenão, deveria ser entendido como uma ilusão. Só com Aristóteles e milhares de anos de desenvolvimento conceitual, os nós lançados pelos paradoxos de Zenão foram desatados.
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Suponha que se deixe cair um objeto verticalmente de certa altura de uma torre. Nesse caso, um observador em um avião que se afasta horizontalmente do ponto de lançamento do objeto com velocidade inicial nula e aceleração igual à aceleração da gravidade do local, suposta constante, irá perceber a trajetória do objeto como retilínea.