O ciclo do combustível nuclear compreende uma série de etapas, que englobam a localização do minério de urânio, seu beneficiamento, a conversão do óxido natural (mineral) em hexafluoreto, o enriquecimento isotópico (do isótopo — altamente fissionável) e a fabricação do elemento combustível. As principais reações químicas envolvidas nesse ciclo estão listadas a seguir.

I - Dissolução do mineral bruto em ácido nítrico:

U3O8(s) + 8HNO3(aq) → 3UO2(NO3)2(aq) + 2NO2(g) + 4H2O(ℓ) 

II - Calcinação (denitração):

2UO2(NO3)2(aq) → 2UO3(s) + 4NO2(g) + O2(g)

III - Redução à UO2 com hidrogênio:

UO3(s) + H2(g) → UO2(s) + H2O(g)

IV - Hidrofluoração em reator de contracorrente com HF anidro:

UO2(s) + 4HF(aq) → UF4(s) + 2H2O(g)

V - Fluoração em reatores de chama pela reação com flúor elementar:

UF4(s) + F2(g) → UF6(g)

O UF6 (hexafluoreto de urânio) obtido no ciclo do combustível nuclear é submetido à centrifugação a gás, enriquecendo a mistura de isótopos com 235U. Depois de enriquecido, é reconvertido a UO2 e prensado na forma de pastilha para ser usado como combustível nuclear. A figura abaixo ilustra o diagrama de fase do UF6.

As tabelas I e II a seguir apresentam informações acerca do urânio. A tabela I apresenta isótopos do urânio, suas respectivas massas molares e seus teores no U3O8 mineral. A tabela II informa acerca da localização e da concentração de urânio (em miligrama de urânio por quilograma de minério U3O8) nas principais rochas fosfáticas no Brasil.

A partir dessas informações, julgue o item.

A energia liberada em um processo de fissão nuclear tem origem eletrostática.