Em 1992, ouvi a fala dos 182 chefes de Estado na Conferência do Rio. E as palavras ditas por todos eles (menos o dos Estados Unidos da América) eram: solidariedade e partilha! Se a competitividade continuar nos padrões atuais e se a industrialização acelerada fizer elevar a temperatura média do oceano, com o aumento do dióxido de carbono na alta atmosfera, os países do extremo sul da Ásia, compostos de milhares de ilhas, por exemplo, serão submergidos em menos de vinte anos. Segundo a ONU, mais de 25 milhões de pessoas migram para terras menos ameaçadas. As crianças do mundo, representadas nessa conferência por algumas crianças canadenses, diziam: “Nós sabemos como salvar o mundo, pois sabemos como compartilhar.” Assim, quando a competitividade parece a ponto de destruir a espécie, volta à mente de todos uma única saída: o retorno à solidariedade e à partilha.

Rose Marie Muraro. Um mundo novo em gestação. São Paulo: Verus, 2003, p. 50-1 (com adaptações).

O fragmento de texto acima alude à morte de determinados modelos de desenvolvimento e à necessidade de novos parâmetros para o desenvolvimento socioeconômico. Em relação aos temas evocados na tira e no texto acima, julgue o item a seguir.

A acelerada industrialização contemporânea tem promovido a concentração espacial das atividades desse setor, apoiada, fundamentalmente, em fatores locacionais, entre eles, a proximidade dos mercados consumidores.