Os progressos da bacteriologia, da química e da biologia determinaram mudança radical na marcha da população no mundo. Teria sido a explosão demográfica que se verifica atualmente o produto da aplicação parcial e, portanto, inadequada, da tecnologia, não acompanhada da aplicação de outras técnicas capazes de promover o verdadeiro desenvolvimento econômico e a integração real dessas populações marginalizadas pela miséria e pela fome em escala universal? Seria a fome um fenômeno irremediável, uma fatalidade, como procurou demonstrar Malthus, ao publicar, no fim do século XVIII, a sua lei do crescimento das populações? A resposta que a ciência, hoje, nos fornece para essa interrogação é um “não” categórico.
Anna Maria de Castro. Fome: um tema proibido – últimos escritos de Josué de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 45-7 (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue o item.
As áreas de alta densidade demográfica no mundo, caracterizadas, essencialmente, pela presença de populações com baixo padrão de qualidade de vida — altos índices de subnutrição e fome —, confirmam, ainda que excepcionalmente, a teoria de Malthus.