Um dos instrumentos mais poderosos que os brasileiros usaram na campanha da Itália em 1944-45 foi um avião que voava mais devagar que um fusca, sem nenhum armamento, a não ser ocasionais caixas com pedras ou granadas de mão, e cuja blindagem era de madeira e tela.
O Piper Cub L, usado pela 1.ª Esquadrilha de Ligação e Observação (1.ª ELO), era a mais incongruente máquina de guerra de que dispunha a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Transportava um piloto e um observador, equipado com mapas e rádio. Mas as mensagens que essa equipe enviava podiam acionar o arsenal de obuses de calibres 105 mm e 155 mm que constituíam o armamento padrão de uma divisão de infantaria de modelo americano, como era a 1.ª Divisão de Infantaria Expedicionária Brasileira.
Um obus de 105 mm lançava um explosivo de 10 kg a uma distância de 11,5 km. Seu colega maior, de 155 mm, atirava um projétil bem mais pesado, de 43 kg, a até 15 km. Assim, os alemães tinham de pensar várias vezes antes de tentarem derrubar um teco-teco da esquadrilha. Se errassem o primeiro tiro, a retribuição viria rápido. Uma curta ordem por rádio, e a bateria entrava em ação. O alvo desapareceria, então, em meio a uma nuvem de fumaça, poeira e detritos.
Internet: (com adaptações).
Tendo as informações do texto como referência, julgue o item seguinte.
A força de sustentação que mantinha o Piper no ar devia-se à diferença de temperatura entre as partes superior e inferior das asas do avião.