Paisagem n.º 4
Mário de Andrade [1] Os caminhões rodando, as carroças rodando, Rápidas as ruas se desenrolando, Rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos... [4] E o largo coro de ouro das sacas de café!... Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway... Mas as ventaneiras da desilusão! A baixa do café!... [7] As quebras, as ameaças, as audácias superfinas!... Fogem os fazendeiros para o lar!... Cincinato Braga!... Muito ao longe o Brasil com seus braços cruzados...
[10] Oh! as indiferenças maternais!...

Em relação ao poema acima bem como ao contexto histórico de sua produção, julgue o item.

Com a expressão metafórica “coro de ouro” (v.4), o poeta acrescenta ao conjunto de ruídos sugeridos nos versos anteriores a ideia do barulho provocado pelo ato de empilhar as sacas de café e, também, alude à riqueza gerada pela produção de café no Brasil do início do século XX.