Texto I
[1] O consumidor não é rei, como a indústria cultural
gostaria de fazer crer; ele não é o sujeito dessa indústria,
mas, seu objeto. O termo mass media, introduzido para
[4] designar a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase
para aquilo que é inofensivo. Não se trata nem das massas,
em primeiro lugar, nem das técnicas de comunicação como
[7] tais, mas, do espírito que lhes é insuflado, a saber, a voz de
seu senhor.
Theodor W. Adorno. Indústria cultural. In: Gabriel Cohn. Comunicação e indústriacultural. São Paulo: Nacional/EDUSP, 1971, p. 287 (com adaptações).
Texto II
A cultura da mídia é a cultura dominante hoje em dia; substituiu as formas de cultura elevada como foco da atenção e de impacto para grande número de pessoas. Além disso, suas formas visuais e verbais estão suplantando as formas da cultura livresca, exigindo novos tipos de conhecimentos para decodificá-las. Ademais, a cultura veiculada pela mídia transformou-se em uma força dominante de socialização: suas imagens e celebridades substituem a família, a escola e a igreja como árbitros de gosto, valor e pensamento, produzindo novos modelos de identidade e imagens vibrantes de estilo, moda e comportamento. Com o advento da cultura da mídia, os indivíduos são submetidos a um fluxo, sem precedentes, de imagens e sons dentro de sua própria casa, e um novo mundo virtual de entretenimento, informação, sexo e política está reordenando percepções de espaço e tempo, anulando distinções entre realidade e imagem, enquanto produz novos modos de experiência e subjetividade.
Douglas Kellner. A cultura da mídia. São Paulo:Verbum, 2001, p. 75 (com adaptações).
Considerando os textos apresentados e os temas que eles suscitam, julgue o item.
O desenvolvimento das ideias no texto I indica que a flexão de plural em “tais” (l.7) estabelece a concordância desse termo tanto com “massas” (l.5) quanto com “técnicas” (l.6).