[1] No final da década de 50 do século passado, Rio 40

Graus, de Nélson Pereira dos Santos, e O Grande Momento, de

Roberto Santos, indicavam o caminho por onde seguiria o novo

[4]cinema brasileiro. “Câmara na mão, trata-se de construir” —

eram as palavras de ordem. Mas não só o cineasta construía:

críticos cinematográficos, estudantes, empresários e público

[7] ajudaram a criar o Cinema Novo dos anos 60. Glauber Rocha,

então feroz polemista da imprensa baiana, proclamava: “É da

independência cultural que nasce o filme brasileiro”. O Cinema

[10] Novo desenvolvia-se em torno de uma estética acentuadamente

politizada, cujos carros-chefes eram o anti-imperialismo, o

anticapitalismo, a denúncia do subdesenvolvimento e a defesa da

[13] justiça social e do nacionalismo.

Nosso século. São Paulo: Abril Cultural, 1980, v.5, p. 50 (com adaptações).

Tendo como referência o texto e a figura apresentada, que ilustra uma cena do filme Rio 40 Graus, de Nélson Pereira dos Santos, julgue o item que se segue.

No texto, o tempo verbal empregado na forma “seguiria” (l.3) indica, no desenvolvimento da argumentação, dúvida e pouca confiança do autor quanto ao julgamento de ter “o novo cinema brasileiro” (l.3-4) seguido “uma estética acentuadamente politizada” (l.10-11).