Tarsila, como outros modernistas — e perto dela Oswald de Andrade —, foi movida por Blaise Cendrars, na direção da descoberta de arquétipos culturais e artísticos do país. Em depoimento de fins dos anos 30, ela refere-se à viagem que fez a várias cidades mineiras na semana de 1924, ao lado de Cendrars, Oswald e Mário de Andrade. “Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Segui o ramerrão do gosto apurado... Mas depois vingueime da opressão, passando-as para minhas telas: azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, tudo em gradações mais ou menos fortes, conforme a mistura de branco. Pintura limpa, sobretudo sem medo de cânones convencionais.”

Walter Zanine. História geral da arte no Brasil, p. 557.

Considerando o texto acima e as figuras I e II, que ilustram obras, respectivamente, de Almeida Junior e Tarsila do Amaral, julgue o item.

Depreende-se do texto que Tarsila, após sua viagem a Minas em 1924, foi ensinada a usar, em seus quadros, cores tradicionais, mas, posteriormente, rompeu com os cânones e passou a utilizar cores Cditas “caipiras”.