[1] O tempo é elemento constantemente presente.

Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das

culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido

[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos

ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis

ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer

[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a

planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se

supõe que se dirija a história, estudando os períodos já

[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou

ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou

interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do

[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse

do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além

disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo

[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas

variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas

suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.

[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para

pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos

fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na

[22] política, nas artes, na vida cotidiana.

Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.

No segmento “procura-se conhecer antecipadamente o futuro” (l.6-7), o emprego do advérbio é redundante e, portanto, a sua supressão não acarretaria prejuízo à informação expressa no período.