[PUC-SP 2007] “Com o aumento da expectativa de vi...

39 PUC-SP 2007 - Geografia

“Com o aumento da expectativa de vida no mundo inteiro, tornar-se pai depois dos $40$ , $50$ ou $60$ anos deixou de ser raridade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens brasileiros viviam, em média, $60, 2$ anos em $1980$ . Em $2005$ , essa idade aumentou para $68, 3$ anos”.

(ÉPOCA. “Que lindos. São seus netos?”, $n^{\circ} 472$ , junho de $2007$ , p. $108$ )

Se para muitos homens a paternidade é um fenômeno tardio, o mesmo vem acontecendo com a população feminina (no caso a maternidade). Sobre a paternidade e maternidade mais tardias pode-se dizer que

a maternidade mais tardia da mulher é um fenômeno de repercussão importante na dinâmica demográfica da população brasileira, baixando, inclusive, as taxas de fecundidade.

a expectativa de vida vem aumentando para homens e mulheres igualmente em todas as regiões brasileiras, o que torna nacional e homogênea a queda das taxas de fecundidade.

nas cidades, a maior escolarização das mulheres interfere pouco nas taxas de fecundidade em razão dos limites biológicos da reprodução, que tem que se dar na mesma faixa de idade.

o que interfere nas taxas de fecundidade é o controle da natalidade, que significa uma primeira maternidade tardia e, em segundo lugar, com menos importância, é o aumento do índice de escolarização das mulheres.

o aumento da expectativa de vida dos homens e a possibilidade de ser pai mais tarde é o principal fator de queda da natalidade no Brasil, o que explica o baixo número de casamentos.