“Se o bisonte desenhado na parede da caverna pré-histórica se identificava com o bisonte real, garantindo, assim, ao pintor, a posse do animal através da posse da imagem e envolvendo, assim, a imagem numa aura sagrada, não é muito diferente o que hoje acontece quando o novo automóvel, construído o mais possível segundo modelos formais escorados numa sensibilidade arquetípica, torna-se a tal ponto signo de um status econômico, que com ele se identifica.”
(ECO, U. Símbolos e cultura de massa. Apocalípticos e integrados.São Paulo: Perspectiva, 1993, p. 242).
A partir do texto acima e das abordagens sociológicas sobre indústria cultural e consumo, é correto afirmar que
01 o homem moderno na˜o eˊ comparaˊvel ao homem que pintava paredes de cavernas na preˊ-histoˊria, ou seja, as formas de expressa˜o de cada um deles sa˜o completa e radicalmente distintas.
02 gostar ou na˜o de um automoˊvel de luxo eˊ uma questa˜o exclusiva de escolha pessoal e na˜o se relaciona a fenoˆmenos sociais ou econoˆmicos.
04 haˊ semelhanc¸as entre as capacidades simboˊlicas do humano que pintava bisontes nas paredes das cavernas e os humanos que projetam automoˊveis de luxo e manipulam sua imagem.
08 objetos que representam luxo e alto status em nossa sociedade sa˜o projetados e produzidos deliberadamente com essa intenc¸a˜o e sa˜o socialmente reconhecidoscomo tal.
16 as mıˊdias e a publicidade teˆm um papel central na construc¸a˜o e na divulgac¸a˜o de ideias e de valores associados a determinados objetos de consumo.