Analise as citações:

À porta do galinheiro, como se sabe, é a raposa que reivindica a derrubada dos obstáculos à livre circulação. Defrontada com o caçador, no entanto, ela abraça de uma hora para outra a causa da proteção dos parques naturais. Sempre foi assim.

(PASSET, R. Elogio da globalização, 2003).

Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido (...). De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades (...). Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização mais humana.

(SANTOS, M. Por uma outra globalização, 2000).

A globalização pode ser vista como um conjunto de estratégias para realizar a hegemonia de conglomerados industriais, corporações financeiras (...), para apropriar-se dos recursos naturais e culturais, do trabalho e do ócio e o dinheiro dos países pobres.

(GARCÍA CANCLINI, N. A globalização imaginada, 2003)

Nas plataformas de convocação das manifestações de protestos contra as cúpulas internacionais, define-se o inimigo como “globalização econômica e livre-comércio”, “capitalismo global”, ao qual se deve contrapor uma “resistência global” para uma “justiça global” (...).

(PORTA, D. O movimento por uma nova globalização, 2007)

Considerando a visão crítica sobre o processo de globalização, contida nas citações, indique e comente dois problemas sociais que justifiquem a frase “a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades”.