O historiador Pierre Vilar, referindo-se ao fenômeno do Nacionalismo — um dos mais importantes temas do mundo contemporâneo — afirmou:
“(...) toda consciência de comunidade implica a consciência de um ‘lado de dentro’ e de ‘um lado de fora’, de um ‘nós’ e de um ‘eles’; (...) E imediatamente, a desconfiança dos grupos vizinhos chega à superfície, podendo variar do desdém ao ciúme, do escárnio à briga, e se completar com momentos de auge, como fêtes, demonstrações ou competições. Em que momento, com que amplitude, com que grau de intensidade e permanência, com que mínimo de vontade política uma psicologia de comunidade manifesta apreço a uma entidade que pode ser chamada de nação? Este é o problema do historiador, pois o fenômeno realmente existe e, perante nossos olhos, tem desempenhado um papel inestimável. É impossível lhe atribuir um juízo de valor, uma vez que foi sempre positivo e negativo, revolucionário e conservador, cheio de ações admiráveis e de horrores sangrentos.”
Considerando o fragmento acima e sabendo que o Nacionalismo adotou formas diversas na América e na Europa:
a) Estabeleça, no caso do México, a relação entre a questão agrária e a Revolução Mexicana do século XIX.
b) Comente a expressão “socialismo num só país” utilizada para definir a política da URSS no período stalinista.