O “exílio”, tema recorrente na literatura brasileira, aparece na composição Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque (presentes ao “Festival da Canção” de 1968) e na poesia Canção do Exílio , de Gonçalves Dias, das quais se destacam os seguintes fragmentos:
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
(BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 57)
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(DIAS, Gonçalves. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1959, p. 103)
Após a leitura dos fragmentos de Sabiá (1968) e da Canção do Exílio (1843), depreende-se que: