TEXTO III

O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a notícia do descobrimento do Brasil, e com instâncias ao rei de Portugal para que por amor da religião se apoderasse d’esta descoberta, cometera a violência de arrancar de suas terras, sem que a sua vontade fosse consultada (1), a dois índios, ato contra o qual se tinham pronunciado os capitães da frota de Pedro Álvares. Fizera-se o índice primeiro do que era a história da colônia: era a cobiça disfarçada com pretextos da religião, era o ataque aos senhores da terra, à liberdade dos índios; eram colonos degradados, condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que procuravam as florestas para darem largas às depravações do instinto bruto.”

DIAS, Gonçalves. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 4 trim. 1867 , p. 274.

Quando José de Alencar publicou Iracema, recebeu uma série de críticas de que se defende, notadamente, em posfácio à segunda edição.

Pinheiro Chagas foi um crítico romântico que atacou José de Alencar e os escritores brasileiros da época, como se lê no fragmento que se segue:

“o defeito que eu vejo em todos os livros brasileiros e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português por meio de neologismos arrojados e injustificáveis e de insubordinações gramaticais...”

CHAGAS, Pinheiro. Apud José de Alencar. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, v. III, p. 1129.

Assinale a opção que corresponde à posição de Pinheiro Chagas no fragmento acima.