TEXTO II
Dois e dois: quatro
Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
como é azul o oceano
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás do terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
— sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
(Ferreira Gullar)
Considere o poema Dois e dois: quatro, para analisar as seguintes afirmativas:
I. Nota-se no texto uma linguagem conotativa por intermédio de figuras estilísticas, tais como: personificação, antítese e comparação.
II. Em "sei que dois e dois são quatro" a oração em destaque complementa circunstancialmente o sentido do verbo "saber".
III. Nos versos "embora o pão seja caro “e "a liberdade, pequena" as palavras destacadas exercem mesma função morfológica e sintática.
IV. Na sequência: "sei que a vida vale a pena / mesmo que o pão seja caro", a relação semântica seria preservada se a locução conjuntiva fosse substituída por porquanto.
São verdadeiras apenas