“O que podia acontecer a estes bárbaros mais conveniente ou mais saudável do que serem submetidos ao domínio daqueles cuja prudência, virtude e religião os converterão de bárbaros, tais que mal mereciam o nome de seres humanos, em homens civilizados o quanto podem ser, de facinorosos em probos, de ímpios e servos do demônio em cristãos e cultores da verdadeira religião? [...] E se recusarem o nosso domínio poderão ser coagidos pelas armas a aceitá-lo, e esta guerra será, como acima declaramos com autoridade de grandes filósofos e teólogos, justa pela lei da natureza, muito mais ainda do que a que fizeram os romanos para submeter a seu império todas as demais nações, assim como é melhor e mais certa a religião cristã do que a antiga dos romanos, sendo maior o que em engenho, prudência, humanidade, fortaleza de alma e de corpo e toda virtude os espanhóis fazem a estes homúnculos do que os antigos romanos faziam às outras nações.”
(As justas causas de guerra contra os índios, segundo o tratado de Demócrates Alter, de Juan Ginés de Sepúlveda. In: SUESS, Paul (coord.). A conquista espiritual da América Espanhola. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 534-535.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a conquista da América, é correto afirmar que Juan Ginés de Sepúlveda: