Uma das polêmicas políticas deste ano foi a proposta do governo de criar o Conselho Nacional de Jornalismo, que teria por função “orientar, disciplinar e fiscalizar” o exercício da profissão de jornalista. A reação de parte da imprensa foi apontar que o papel do Conselho seria justamente o da censura. A revista Veja (18 ago. 2004) apresentou matéria sobre o tema, na qual constavam opiniões de diversas personalidades a respeito do assunto. Dentre elas, podemos encontrar as seguintes:
I. “O conselho me parece uma estupidez. Eu defendo o princípio da Primeira Emenda americana: a imprensa é livre e ponto. Essa ideia de que tudo deve ser regulamentado é fascista. ” (Renato Mezan, psicanalista)
II. “Sou de uma geração muito marcada pela questão da liberdade. Creio que uma opinião pública bem formada, aliada a meios judiciais pertinentes, ainda é o melhor antídoto para qualquer excesso da mídia. ” (Moacyr Scliar, escritor)
III. “Jornalismo é exercício de informação, mas também de opinião. E opinião não se tutela. ” (Paulo Skaf, empresário)
IV. “Aquilo que é preciso de verdade, desesperadamente, é cuidar da educação da população para que ela tenha discernimento para separar a informação ruim daquela que realmente interessa. ” (Zélia Duncan, cantora)
V. “Se alguém se sente incomodado com aquilo que a imprensa disse dele pode recorrer à Justiça. E é assim que deve ser. Nenhum conselho tem o direito de julgar e controlar o que se diz, se escreve ou se pensa. ” (Miguel Falabella, ator e dramaturgo)
Com relação aos depoimentos acima, é correto afirmar: