Embora noticiado como "nova ordem mundial", o processo de globalização é bem mais antigo. Desde 1493, uma bula papal concedia à Europa o direito de converter à sua religião os povos do mundo e de se apropriar das terras por ela descobertas. Descobrimento, expansão, colonização, cristianização, conquista são termos que apontam para a abolição de fronteiras econômicas e culturais, elemento-chave do desenvolvimento capitalista. Sobre esse longo movimento, é correto afirmar:

() A supremacia da Comunidade Européia na integração dos mercados em nível mundial, até os dias de hoje, deriva de suas conquistas ultramarinas ao longo do século XVI.

() Se no século XIX a expansão européia (também conhecida como neocolonialismo) deveu-se ao interesse de levar para a Europa matérias-primas estratégicas e de controlar mercados consumidores, atendendo às necessidades do capitalismo monopolista ligado à segunda revolução industrial, no século XX verificou-se uma nova expansão européia, agora justificada pela necessidade de padronização das culturas, sob o ideário do multiculturalismo.

() O impulso expansionista faz parte de toda mentalidade imperialista, o que pode ser evidenciado também na Antiguidade, como, por exemplo, no Império romano a partir da II Guerra Púnica.

() Coerentes com a globalização, observam-se na América Latina, por parte de diversos organismos internacionais, inúmeras pressões em favor da privatização das empresas estatais, com a consequente redução do patrimônio público dos países latino-americanos.

() Com o colapso dos regimes socialistas, a globalização passa a ser liderada pelos EUA, que pretendem a integração de todos os mercados do mundo em benefício dos setores produtivos das grandes potências industriais. Por essa razão, pode-se afirmar que a globalização dá continuidade à hegemonia dos países ricos.