"Em silêncio, o Brasil está multiplicando o número de bases e tropas militares na Amazônia, com expressiva concentração na faixa de 1,6 mil quilômetros da fronteira com a Colômbia. (...) O conteúdo marca o sepultamento de uma era, iniciada em 1870, na Guerra do Paraguai. Durante 132 anos, a premissa brasileira para um conflito foi sempre no Cone Sul, especialmente com a Argentina. Essa hipótese de guerra na fronteira sul é coisa do passado. (...) Agora o foco é na Amazônia."

(CASADO, J. O Brasil reforça sua fronteira com a Colômbia. Gazeta Mercantil, 2 set. 2002. p. A-1.)

Sobre o tema, é correto afirmar:

() Uma das razões para que a hipótese de guerra na fronteira sul seja "coisa do passado" foi a criação do Mercosul em 1991. Com ele, as diferenças entre os países integrantes do acordo podem ser resolvidas com maior facilidade por via diplomática, tendo em vista que esses países são parceiros econômicos e formam um bloco regional.

() A necessidade de vigiar a Amazônia prende-se à grande extensão de áreas limítrofes entre o território amazônico brasileiro e países vizinhos, ocupada pela Floresta Amazônica, que ultrapassa o território nacional e dificulta o controle das fronteiras.

() Embora ainda se verifiquem ações locais de proteção para garantir a posse do território no mundo amazônico, as fronteiras perderam completamente o sentido no mundo globalizado.

() O vazio demográfico da Amazônia, devido em parte aos fatores físicos dominantes, contribuiu para fragilizar suas fronteiras.

() A SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) é o órgão do governo federal criado para gerenciar um projeto de proteção militar das fronteiras na Amazônia.