O governo Juscelino Kubitschek tem sido considerado pela historiografia o mentor da modernização econômica do Brasil. Entre 1956 e 1960, o país deu um salto econômico notável, tornando-se um país industrializado, embora ainda periférico e dependente do capital estrangeiro. Sobre esse período, é correto afirmar:
() O projeto de industrialização e modernização econômica caracterizou-se pela ausência do Estado no processo produtivo, com forte privatização, tendo a burguesia nacional assumido sozinha o seu custo.
() Um dos obstáculos à modernização econômica era a precária infraestrutura do país. Sendo assim, uma das metas da política de JK era construir, ampliar e modernizar os serviços de transporte e energia.
() O Estado teve um papel central neste processo de modernização, principalmente através das empresas estatais do setor de infraestrutura e indústrias de base.
() Os efeitos colaterais negativos do processo de modernização do período JK – basicamente, o aumento da dívida externa e das disparidades socioeconômicas regionais – foram resolvidos ainda em seu governo, com o bem-sucedido projeto das Reformas de Base.
() A modernização estrutural da sociedade e da economia brasileiras começou com um ousado programa de reforma agrária, que visava resolver o problema de abastecimento das cidades e racionalizar o uso de mão-de-obra no campo, democratizando o acesso à propriedade rural, cuja concentração de propriedade e improdutividade eram obstáculos à industrialização.
() As novas contradições sociais e econômicas produzidas no período JK, como a questão da dívida externa, das disparidades regionais e das tensões sociais (com o aumento da presença da classe operária na vida nacional e a insatisfação dos camponeses que ficaram de fora do processo de modernização), estão relacionadas, enquanto processo histórico, à crise política e social que culminou no golpe militar de 1964.
() Dada a ideologia nacional-desenvolvimentista que norteou o Plano de Metas de JK, durante o seu governo as multinacionais foram proibidas de atuar no Brasil, o que iniciou um processo de instabilidade política, estimulada pelos interesses imperialistas, culminando no golpe militar de 1964