O Cristianismo niceno tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., com o famoso Édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Até esse momento, a caminhada havia sido dura e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições movidas por alguns imperadores romanos, em toda a extensão do Império, eternizadas pelos relatos fantásticos e emotivos de vários escritores e historiadores cristãos. É correto apontar como principais causas dessas perseguições:

() A recusa da comunidade cristã em realizar o culto à figura do Imperador, considerado como eixo ideológico central do poder imperial.

() A constante penetração de elementos cristãos, seja nas filas do exército imperial romano, seja em cargos administrativos de elevada importância; temia-se que os cristãos pudessem servir de "mau" exemplo em termos tanto políticos como ideológicos.

() A associação entre os cristãos e os inimigos bárbaros, que punha em risco a estabilidade política e religiosa interna do mundo imperial romano.

() Aspectos de índole moral, na medida em que os cristãos eram acusados pelos pagãos de realizar orgias e assassinatos de crianças em seus rituais.

() A acusação de que os cristãos agiam como promotores da instabilidade interna do Império, enfraquecendo-o no campo político-institucional.