Em 13 de junho de 1913 a militante sufragista inglesa Emily Wilding Davidson jogou-se sob as patas do cavalo do rei durante o Grande Prêmio Derby d’Epson, vindo a morrer por causa dos ferimentos. Esse ato extremo impressionou a opinião pública, chamando a atenção para o movimento político em defesa do direito de voto para as mulheres. A ação política em torno do voto feminino, mais do que reivindicação pelo direito de igualdade jurídica, levantava a incômoda questão das resistências ao exercício da cidadania civil e política das mulheres. Sobre a questão, é correto afirmar:
() No Brasil, o reconhecimento jurídico do direito ao voto feminino já estava previsto na Constituição Republicana de 1891.
() Durante a Revolução Francesa as mulheres se organizaram e intervieram ativamente nos debates políticos; contudo, a partir de 1793 teve início na França o processo de exclusão sistemática das mulheres da esfera pública, fundamentado na teoria da incapacidade natural do sexo feminino.
() Após a conquista do direito ao voto feminino, os direitos políticos das mulheres nas sociedades democráticas do século XXI podem ampliar-se ainda mais. Uma das medidas para tanto é a expansão da elegibilidade de mulheres para o exercício de funções políticas. No Brasil, a instituição de cotas nos partidos aponta positivamente nessa direção.
() O direito romano previa o exercício pleno da cidadania para as mulheres, que podiam exercer, tanto no direito público quanto no direito privado, todas as funções relativas ao patrimônio e à justiça.