UNIFESP 2005 História - Questões

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01 UNIFESP 2005 - História

"Em todas as grandes civilizações que precederam a civilização grega, e de que ela foi tributária (assírio-babilônica, egípcia, fenícia, cretense), não se tinha visto nada de comparável em termos de comportamento social e práticas institucionais".

(Jean-Pierre Vernant, 1999.)

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02 UNIFESP 2005 - História

Terminada a Antiguidade, havia à disposição do Ocidente medieval duas concepções filosóficas fundamentais e distintas: a visão grega (resumida por Aristóteles) de que o homem foi formado para viver numa cidade, e a visão cristã (resumida por Santo Agostinho) de que o homem foi formado para viver em comunhão com Deus. Nos últimos séculos da Idade Média, com relação a essas duas filosofias, é correto afirmar que:

foram reconciliadas por São Tomás de Aquino ao unir razão (livre-arbítrio) com revelação (fé).

entraram em conflito e deram lugar a uma nova visão, elaborada por frades beneditinos e dominicanos.

continuou a prevalecer a visão grega, como se pode ver nos escritos de Abelardo a Heloísa.

sofreram um processo de adaptação para justificar a primazia do poder temporal ou secular.

passou a predominar a visão cristã, depois de uma longa hegemonia da visão grega.

03 UNIFESP 2005 - História

Durante a Baixa Idade Média (séculos XI a XIV), o Ocidente importou, com regularidade e intensidade crescentes, especiarias de áreas e civilizações não cristãs. Essas mercadorias eram

adquiridas por meio de escambo (trocadas por quinquilharias) ou por roubo dos povos produtores, como na costa ocidental da África.

compradas com moedas nos portos do Mediterrâneo oriental, ou trocadas por tecidos de lã, provenientes de Flandres e das cidades do norte da Itália.

obtidas com exclusividade pelos bizantinos, os quais as revendiam, igualmente com exclusividade, aos mercados venezianos.

vendidas nos portos europeus pelos comerciantes árabes, depois de trazidas do Oriente por caravanas de camelos.

transportadas por navios de cabotagem, principalmente ibéricos, que as vendiam nos mercados da Europa do Norte.

04 UNIFESP 2005 - História

Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês "aprovava ’pilhas de estatutos’, que controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais".

(Lawrence Stone, 1972.)

Essas "pilhas de estatutos", ou leis, revelam a

inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.

continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às políticas sociais.

prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição de um poder independente.

especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o aumento da população.

característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.

05 UNIFESP 2005 - História

"Em meados da década de 1890, em meio à terceira longa depressão em três décadas sucessivas, difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não regulamentado, em todos os grandes setores da economia".

O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão dominante entre a burguesia no momento em que o capitalismo entrava na fase

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