UNIFESP 2004 Português - Questões
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Leia a cantiga seguinte, de Joan Garcia de Guilhade.
Un cavalo non comeu á seis meses nen s’ergueu mais prougu’a Deus que choveu, creceu a erva, e per cabo si paceu,
e já se leva!
Seu dono non lhi buscou cevada neno ferrou: mai-lo bon tempo tornou, creceu a erva, e paceu, e arriçou,
e já se leva!
Seu dono non lhi quis dar cevada, neno ferrar; mais, cabo dum lamaçal creceu a erva, e paceu, e arriç’ar,
e já se leva!
(CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi usa, 1995.)
A leitura permite afirmar que se trata de uma cantiga de
Leia o poema a seguir, de Raimundo Correia.
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida noitada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
O poema de Raimundo Correia ilustra o Parnasianismo brasileiro. Dele, podem-se depreender as seguintes características desse movimento literário:
Leia o poema a seguir, de Raimundo Correia.
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida noitada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
Há uma equivalência entre os dois quartetos e os dois tercetos do poema. Assim, é correto afirmar que pombas, metaforicamente, representa
Leia o poema a seguir, de Raimundo Correia.
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida noitada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
Os dois últimos versos do poema revelam
No Manifesto da Poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade faz o seguinte comentário sobre os poetas parnasianos: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos — já havia o poeta parnasiano ”.
O que o poeta modernista está criticando nos parnasianos é
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