UNICAMP 2012 História - Questões

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Godrici de Finchale foi um mercador que viveu no século XI, na Baixa Idade Média, no leste da atual Inglaterra.

“Quando o rapaz, depois de ter passado os anos da infância sossegadamente em casa, chegou à idade varonil, principiou a aprender com cuidado e persistência o que ensina a experiência do mundo. Para isso decidiu não seguir a vida de lavrador, mas estudar, aprender e exercer os rudimentos de concepções mais sutis. Por esta razão, aspirando à profissão de mercador, começou a seguir o modo de vida do vendedor ambulante, aprendendo primeiro como ganhar em pequenos negócios e coisas de preço insignificante; e, então, sendo ainda um jovem, o seu espírito ousou pouco a pouco comprar, vender e ganhar com coisas de maior preço.”

(Adaptado de Reginald of Durnham, “Libellus de Vita et Miraculis S. Godrici”, em Fernando Espinosa, Antologia de textos históricos medievais. 3$\ ^{a}$ ed., Lisboa: Sá da Costa Editora, 1981, p. 198.)

  1. A) Segundo o texto, o ofício de mercador exigia uma preparação diferente daquela do lavrador. Quais eram as diferenças entre esses dois ofícios?

  2. B) Cite duas características do renascimento comercial e urbano ocorrido no final do período medieval.

“Durante a conquista espanhola no México, iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade tecnológica dos europeus era amplamente compensada pela superioridade numérica dos indígenas e muitos truques foram inventados para atrapalhar o deslocamento dos cavalos: os indígenas acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais espetavam paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em 1521, canoas ’encouraçadas’ resistiriam às armas de fogo. A tática indígena evoluiu e adaptou-se às práticas do adversário: os mexicas, contrariamente ao costume, armaram ataques noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias de varíola já estavam dizimando as tropas de México-Tenochtitlan, também não poupavam os índios de Tlaxcala ou de Texcoco, que apoiavam os espanhóis.”

(Adaptado de Carmen Bernand e Serge Gruzinski, História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p. 351.)

  1. A) Identifique uma estratégia utilizada por espanhóis e outra pelos indígenas durante as disputas pelo domínio do México.

  2. B) Explique por que houve acentuada queda demográfica entre as populações indígenas nas primeiras décadas após a conquista espanhola.

“Durante o século XVIII, a capitania de São Paulo sofreu grandes transformações territoriais e administrativas. Em 1709, nasceu a capitania de São Paulo e das Minas do ouro, abrangendo imenso território correspondente à quase totalidade das atuais regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, à exceção da então capitania do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Até 1748, sucessivos desmembramentos formaram as regiões de Minas, Santa Catarina, Rio Grande de São Pedro, Goiás e Mato Grosso. O novo capitão-general, mais conhecido como Morgado de Mateus, foi diretamente instruído pelo futuro Marquês de Pombal a ocupar-se da fronteira oeste ameaçada pelos espanhóis e a fomentar a produção de gêneros de exportação.”

(Adaptado de Ana Paula Medicci, “São Paulo nos projetos de império”, em Wilma Peres Costa e Cecília Helena de Oliveira, De um império a outro: formação do Brasil, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2007, p. 243.)

  1. A) Cite duas atividades econômicas que sustentavam a capitania de São Paulo no século XVIII.

  2. B) Considerando a política territorial na América Portuguesa nos séculos XVI e XVII, comente as mudanças significativas do século XVIII nesse aspecto.

“Passar de Reino a Colônia

É desar [derrota]

É humilhação

que sofrer jamais podia

brasileiro de coração.”

“A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre ’brasileiros’ e ’portugueses’ até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, ’uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte”.

(Adaptado de Eduardo Schnoor, “Senhores do Brasil”, Revista de História da Biblioteca Nacional, $n^{s}$. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.)

  1. a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal.

  2. b) Explique o que foi a Confederação do Equador.

“A aventura à Amazônia liderada pelo naturalista Louis Agassiz estendeu-se de 1865 a 1866 e passou por várias regiões do Brasil: de Minas Gerais ao Nordeste e à Amazônia. Foi orientada pela teoria criacionista, que se opunha à teoria de Charles Darwin. Apesar de participar da expedição, o filósofo norte-americano Willian James questionou alguns estereótipos sobre os trópicos.”

(Adaptado de Maria Helena P. T. Machado, “Algo mais que o paraíso”, Revista de História da Biblioteca Nacional, $n^{o}$. 52. Rio de Janeiro, jan. 2010, p.70.)

  1. A) Qual a importância da teoria de Charles Darwin para o debate científico do século XIX.

  2. B) Identifique dois estereótipos relativos às terras e às gentes do Brasil no século XIX.

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