UNICAMP 1998 História - Questões

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No ano de 415 a. C., Alcibíades, um general de Atenas, assim defendeu suas qualificações para comandar uma esquadra contra os espartanos:

“Mais que a qualquer outro, atenienses, cabe-me receber o comando (...). Os helenos, que consideravam a nossa cidade esgotada pela guerra, passaram a fazer uma ideia de sua grandeza muito além de seu poder, diante do meu desempenho nos Jogos Olímpicos, pois entraram na pista hípica sete carros meus (...) e ganhei o primeiro, o segundo e o quarto prêmios, além de ter-me apresentado em tudo mais num estilo digno de minhas vitórias. De acordo com as tradições isto é uma honra, e pelos feitos se deduz o poder.”

(Adaptado de Tucídides, História da Guerra do Peloponeso 6.16. 1-2, Brasília: UnB, 1982, p.296)

  1. a) O que foi a guerra do Peloponeso?

  2. b) O que eram os Jogos Olímpicos para os gregos da Antiguidade?

  3. c) Por que era importante para as cidades-estado gregas vencer nos Jogos Olímpicos?

Leia os comentários abaixo sobre o poder dos reis em dois períodos históricos distintos:

"Durante os séculos XI e XII acreditava-se que os reis de França e da Inglaterra fossem capazes de fazer milagres e curar doenças. A conquista deste poder milagroso contribuiu para a afirmação do poder monárquico, ameaçado pelos grandes senhores feudais."

(Adaptado de J. Le Goff, Prefácio a M. Bloch, Os Reis Taumaturgos, São Paulo, Cia. das Letras, p. 21)

"Entre o fim da década de 1870 e o ano de 1914, ocorreu uma mudança fundamental na imagem pública da monarquia britânica, na medida em que seu ritual, até então inadequado, particular e pouco atraente, tornou-se suntuoso, público e popular. Até certo ponto isto foi facilitado pelo fato de que os monarcas estavam pouco a pouco se afastando da atividade política."

(Eric Hobsbawm e Terence Ranger, A Invenção das Tradições, Paz e Terra, pp. 130-131)

A partir desses dois comentários, responda:

  1. a) Que poderes se contrapunham à autoridade dos reis em cada um desses períodos históricos?

  2. b) Que artifícios os reis utilizaram para afirmar a sua autoridade em cada um desses períodos?

Sobre o governo dos príncipes, Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI, afirmou:

"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades. (...) Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto afazer o mal, se necessário."

(Adaptado de Nicolau Maquiavel, O Príncipe, em Os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1996, pp. 102-103)

A partir do texto, responda:

  1. a) Qual o maior dever do príncipe?

  2. b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?

  3. c) De que maneira as ideias de Maquiavel se opunham à moral cristã medieval?

No período histórico que se estende entre os séculos XVI e XVIII, com o fim do feudalismo e a consolidação dos Estados Nacionais, a doutrina econômica dominante foi o mercantilismo, que possuía como uma de suas características o metalismo.

  1. a) Cite e explique duas outras características da doutrina mercantilista.

  2. b) Em que consistia o metalismo?

Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada situação política: de um lado, passou a pertencer à União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem Pernambuco, através da Companhia das Índias Ocidentais, a partir de 1630.

  1. a) O que foi a União Ibérica?

  2. b) Dê três motivos para a invasão holandesa no Brasil.

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