UNESP 2022 História - Questões

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De $400$ mil a $40$ mil anos atrás, pequenos grupos de neandertais se distribuíram por uma região que hoje abrange a Europa, o oeste da Ásia e o Oriente Médio. Desde o sequenciamento do genoma neandertal em $2010$, os dados genéticos sugerem com frequência que, em algumas das ocasiões em que se encontraram, H. sapiens e neandertais se reproduziram e deixaram descendentes férteis. Por essa razão, populações humanas atuais sem ancestralidade exclusivamente africana abrigam em seu genoma trechos de $DNA$ neandertal - não há evidências de que neandertais tenham vivido na África. Os especialistas defendem que essa pequena contribuição [dos neandertais] tenha influenciado certas características dos seres humanos modernos. Vários estudos já associaram genes neandertais a traços mais vantajosos, como um sistema imune mais robusto [...], ou desvantajosos, como maior risco de desenvolver doenças como diabetes ou depressão. [...]

A ideia de que H. sapiens tenham convivido com neandertais não é nova. Antes dos estudos de $DNA$ antigo, já existiam evidências arqueológicas dessa coexistência no Oriente Médio e na Europa. Cavernas em Israel e na Jordânia guardam resquícios de ocupação em sequência das duas espécies. Além disso, alguns fosseis [...] apresentavam traços mistos de H. sapiens e neandertal.

(Ricardo Zorzetto. “Laços de família”. In: Pesquisa Fapesp, maio de $2021$.)

O texto apresenta resultados recentes de pesquisas sobre a evolução humana e destaca, entre outros aspectos, a


A liberdade pouco valia para o indivíduo pobre que o mundo da produção e os aparelhos de poder esmagavam sem trégua, e no entanto ele era homem livre numa sociedade escravista. Aproveitado de modo intermitente mas regular pelo Estado e pelos homens bons, a sua utilidade real e empiricamente detectável era revestida por um ônus que o deixava sem razão de ser. A formulação dessa inutilidade justificava o sistema escravista, e o atributo da vadiagem passava a englobar toda uma camada social, desclassificando-a: no meio fluido dos homens livres pobres, todos passavam a ser vadios para a óptica dominante. Vadios e inúteis, era como se não existissem, como se o país não tivesse povo - pois, cativo, o escravo não era cidadão. E assim, inexistindo ou sendo identificado à animalidade, o homem livre pobre permaneceu esquecido através do século.

(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século $XVIII$, $2015$. Adaptado.)

Ao tratar dos “desclassificados” na sociedade das Minas Gerais do século $XVIII$, o texto caracteriza-os como


Estátuas famosas da cidade de São Paulo como a do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, na Zona Sul, e a de Bartolomeu Bueno da Silva, no Parque Trianon, na Avenida Paulista, ganharam um “adereço macabro” nas últimas semanas.

Com o objetivo de ressignificar a história das figuras que elas representam, um grupo de manifestantes colocou caveiras em frente a essas estátuas e as fotografou. As fotos viralizaram nas redes sociais.

Bandeirantes como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros. Isso quando não os matavam em confrontos que acabaram por dizimar etnias, segundo historiadores.

(Bárbara Muniz Vieira. “Crânios são colocados ao lado de monumentos de bandeirantes para ressignificar história de SP”. g1.globo.com, $27.10.2020$. Adaptado.)

Do ponto de vista histórico, a proposta de “ressignificar monumentos”, realizada pelo grupo,


Os periódicos que circulavam no Brasil durante o Segundo Reinado $(1840-1889)$ eram


Entre $1973$ e $1978$, as receitas anuais do petróleo nos principais produtores árabes cresceram enormemente: na Arábia Saudita, de $4,35$ bilhões para $36$ bilhões de dólares; no Kuwait, de $1,7$ bilhão para $9,2$ bilhões; no Iraque, de $1,8$ bilhão para $23,6$ bilhões; na Líbia, de $2,2$ bilhões para $8,8$ bilhões. Alguns outros produtores também aumentaram muito sua produção, em particular Qatar, Abu Dhabi e Dubai. O controle dos produtores sobre seus recursos também se expandiu. Em $1980$, todos os principais Estados produtores tinham ou nacionalizado a produção de petróleo ou adquirido uma maior participação nas empresas operadoras, embora as grandes empresas multinacionais ainda tivessem uma posição forte no transporte e na venda.

(Albert H. Hourani. Uma história dos povos árabes, $1994$. Adaptado.)

A expansão da produção petrolífera no mundo árabe


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