UFRGS 2008 Português - Questões
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A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades (2) com a que Lutero começou a dirigir contra Roma (7), a partir de 1517: (1) denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta ________ Bíblia, etc. Por isso (6), Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este respondia com evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524, um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero (16) Arbítrio (18). Nesse texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre (9), consumando, assim, sua (8) ruptura pública com o protestantismo, que, pelo menos (15) em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu um texto intitulado De Servo (17) Arbítrio, em que defendia a tese de que a mera hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma limitação da liberdade de Deus (22) e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a um saber necessariamente imperfeito (11) e a uma razão necessariamente heterônoma (3). Para Erasmo, como para os humanistas em geral, essa doutrina (10) era inaceitável tanto (4) por razões puramente religiosas - pois, sem o pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais (23), dirigidos a uma vontade que pode ou não aceitá-los - quanto por razões humanas (5). A Renascença havia instalado o homem no centro da história (13), e Erasmo não estava disposto a abrir mão dessa conquista (12), a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a ideia agostiniana de natura (19) deleta (20), da depravação congênita do homem, em consequência do pecado original. Para Erasmo (15), o homem é por natureza dotado de razão, e ela o (14) impele à concórdia e à solidariedade (25). A violência, a guerra, a brutalidade são contrárias natureza razoável (24) do homem.
(Adaptado de: ROUANET, Sérgio Paulo. Erasmo, pensador iluminista. In: . As razões do Huminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 284-285.)
Assinale a alternativa que preenche, corretamente e de acordo com o sentido do texto, as lacunas, respectivamente.
A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades (2) com a que Lutero começou a dirigir contra Roma (7), a partir de 1517: (1) denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta ________ Bíblia, etc. Por isso (6), Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este respondia com evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524, um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero (16) Arbítrio (18). Nesse texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre (9), consumando, assim, sua (8) ruptura pública com o protestantismo, que, pelo menos (15) em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu um texto intitulado De Servo (17) Arbítrio, em que defendia a tese de que a mera hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma limitação da liberdade de Deus (22) e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a um saber necessariamente imperfeito (11) e a uma razão necessariamente heterônoma (3). Para Erasmo, como para os humanistas em geral, essa doutrina (10) era inaceitável tanto (4) por razões puramente religiosas - pois, sem o pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais (23), dirigidos a uma vontade que pode ou não aceitá-los - quanto por razões humanas (5). A Renascença havia instalado o homem no centro da história (13), e Erasmo não estava disposto a abrir mão dessa conquista (12), a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a ideia agostiniana de natura (19) deleta (20), da depravação congênita do homem, em consequência do pecado original. Para Erasmo (15), o homem é por natureza dotado de razão, e ela o (14) impele à concórdia e à solidariedade (25). A violência, a guerra, a brutalidade são contrárias natureza razoável (24) do homem.
(Adaptado de: ROUANET, Sérgio Paulo. Erasmo, pensador iluminista. In: . As razões do Huminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 284-285.)
É possível distinguir quatro partes na organização do texto.
Considere as seguintes sínteses dessas partes.
1 - Apresentação da obra em que Erasmo se posiciona contra a Reforma.
2 - Relato da tentativa de Lutero de persuadir Erasmo a juntar-se ao protestantismo, e da resposta negativa de Erasmo.
3 - Exposição das razões pelas quais Erasmo é contra a concepção luterana do homem.
4 - Explicitação da posição de Lutero com relação à natureza da ação e da razão humanas.
A ordem em que essas partes se encontram no texto é
A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades (2) com a que Lutero começou a dirigir contra Roma (7), a partir de 1517: (1) denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta ________ Bíblia, etc. Por isso (6), Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este respondia com evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524, um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero (16) Arbítrio (18). Nesse texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre (9), consumando, assim, sua (8) ruptura pública com o protestantismo, que, pelo menos (15) em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu um texto intitulado De Servo (17) Arbítrio, em que defendia a tese de que a mera hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma limitação da liberdade de Deus (22) e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a um saber necessariamente imperfeito (11) e a uma razão necessariamente heterônoma (3). Para Erasmo, como para os humanistas em geral, essa doutrina (10) era inaceitável tanto (4) por razões puramente religiosas - pois, sem o pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais (23), dirigidos a uma vontade que pode ou não aceitá-los - quanto por razões humanas (5). A Renascença havia instalado o homem no centro da história (13), e Erasmo não estava disposto a abrir mão dessa conquista (12), a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a ideia agostiniana de natura (19) deleta (20), da depravação congênita do homem, em consequência do pecado original. Para Erasmo (15), o homem é por natureza dotado de razão, e ela o (14) impele à concórdia e à solidariedade (25). A violência, a guerra, a brutalidade são contrárias natureza razoável (24) do homem.
(Adaptado de: ROUANET, Sérgio Paulo. Erasmo, pensador iluminista. In: . As razões do Huminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 284-285.)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que Rouanet
A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades (2) com a que Lutero começou a dirigir contra Roma (7), a partir de 1517: (1) denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta ________ Bíblia, etc. Por isso (6), Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este respondia com evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524, um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero (16) Arbítrio (18). Nesse texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre (9), consumando, assim, sua (8) ruptura pública com o protestantismo, que, pelo menos (15) em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu um texto intitulado De Servo (17) Arbítrio, em que defendia a tese de que a mera hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma limitação da liberdade de Deus (22) e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a um saber necessariamente imperfeito (11) e a uma razão necessariamente heterônoma (3). Para Erasmo, como para os humanistas em geral, essa doutrina (10) era inaceitável tanto (4) por razões puramente religiosas - pois, sem o pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais (23), dirigidos a uma vontade que pode ou não aceitá-los - quanto por razões humanas (5). A Renascença havia instalado o homem no centro da história (13), e Erasmo não estava disposto a abrir mão dessa conquista (12), a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a ideia agostiniana de natura (19) deleta (20), da depravação congênita do homem, em consequência do pecado original. Para Erasmo (15), o homem é por natureza dotado de razão, e ela o (14) impele à concórdia e à solidariedade (25). A violência, a guerra, a brutalidade são contrárias natureza razoável (24) do homem.
(Adaptado de: ROUANET, Sérgio Paulo. Erasmo, pensador iluminista. In: . As razões do Huminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 284-285.)
Considere as seguintes afirmações acerca de aspectos estruturais de frases do texto.
I. Os dois-pontos em (1) introduzem umaenumeração que exemplifica o que é entendido pela expressão grandes afinidades (2).
II. No segmento a um saber necessariamenteimperfeito e a uma razão necessariamente heterônoma (3), a segunda ocorrência da preposição a pode ser omitida sem prejuízo do sentido e da correção da frase.
III. A ocorrência da preposição por imediatamente após tanto (4) torna opcional sua repetição no segmento quanto por razões humanas (5).
Quais estão corretas?
A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades (2) com a que Lutero começou a dirigir contra Roma (7), a partir de 1517: (1) denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta ________ Bíblia, etc. Por isso (6), Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este respondia com evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524, um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero (16) Arbítrio (18). Nesse texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre (9), consumando, assim, sua (8) ruptura pública com o protestantismo, que, pelo menos (15) em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu um texto intitulado De Servo (17) Arbítrio, em que defendia a tese de que a mera hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma limitação da liberdade de Deus (22) e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a um saber necessariamente imperfeito (11) e a uma razão necessariamente heterônoma (3). Para Erasmo, como para os humanistas em geral, essa doutrina (10) era inaceitável tanto (4) por razões puramente religiosas - pois, sem o pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais (23), dirigidos a uma vontade que pode ou não aceitá-los - quanto por razões humanas (5). A Renascença havia instalado o homem no centro da história (13), e Erasmo não estava disposto a abrir mão dessa conquista (12), a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a ideia agostiniana de natura (19) deleta (20), da depravação congênita do homem, em consequência do pecado original. Para Erasmo (15), o homem é por natureza dotado de razão, e ela o (14) impele à concórdia e à solidariedade (25). A violência, a guerra, a brutalidade são contrárias natureza razoável (24) do homem.
(Adaptado de: ROUANET, Sérgio Paulo. Erasmo, pensador iluminista. In: . As razões do Huminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 284-285.)
Assinale a alternativa que estabelece uma relação de referência correta entre o primeiro e o segundo segmentos extraídos do texto.
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