UFPR 2013 História - Questões

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Considere a seguinte afirmação sobre o termo bizantino:

“É essencial lembrar que bizantino não tem conotação étnica, mas civilizacional (...). O termo bizantino foi vulgarizado apenas a partir do século XVI, depois do desmembramento do império, que, em vida, se via como herdeiro e continuador do império Romano.”

(FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. O Império Bizantino. SP: Brasiliense, 1987, p. 7-8)

Em que medida o Império Bizantino pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano? Estabeleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII.

Durante o período das Cruzadas, São Bernardo de Claraval (1090-1153) escreveu:

“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória. (...) Em outras palavras: o soldado de Cristo mata com a consciência tranquila e morre com a consciência mais tranquila ainda. ”

(São Bernardo de Claraval apud COSTA, Ricardo da. Apresentação: A Cruzada Renasceu? BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas. jan.-jun. 2010/ISSN 16765818, p. XIII)

No que se refere às Cruzadas no período medieval, determine quem eram esses soldados de Cristo referenciados no trecho acima, quais as motivações para empreender suas batalhas e quais as suas consequências para o mundo ocidental daquele período.

Considere a afirmação do historiador Pedro Paulo Funari:

“A guerra do Peloponeso não deixou de ser, até os nossos dias, uma narrativa histórica maior. Pode parecer espantoso ver como recorrente um uso político contemporâneo de um conflito tão distante no tempo e concernente a uma realidade histórica tão específica quanto a das cidades gregas. Com efeito, os primeiros a lerem, relerem e a se inspirarem em Tucídides foram as elites britânicas. Desde os primórdios da Inglaterra moderna, nascida dos conflitos com o continente, os ingleses abandonaram todas as pretensões de potência terrestre europeia, em proveito da conquista dos mares.”

(FUNARI, Pedro Paulo. Usos da Guerra do Peloponeso. Revista Brasileira de História Militar. Ano II, n. 4, abril de 2011)

Com qual cidade-Estado os ingleses se identificaram nos relatos de Tucídides sobre a Guerra do Peloponeso? Justifique sua resposta, explicando o que foi a Guerra do Peloponeso, no que se refere aos principais envolvidos, a suas motivações e às consequências para o mundo grego.

Leia o trecho do discurso do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, na 60$\ ^{a}$ assembleia da ONU, em 2005:

“Pois bem, nós lutaremos pela Venezuela, pela integração latino-americana e pelo mundo. Reafirmamos aqui nesse salão, nossa infinita fé no homem, hoje sedento de paz e de justiça para sobreviver como espécie. Simón Bolívar, pai de nossa pátria e guia de nossa revolução, jurou não dar descanso a seu braço, nem repouso a sua alma, até ver a América livre. Não demos nós descanso a nossos braços, nem repouso a nossas almas até salvar a humanidade. ”

(CHAVEZ, H. apud SOUZA, Maria de Fátima Rufino de; MARQUES DA SILVA, Maria Zélia. Bolívar, para além das representações e discursos políticos. Ameríndia. Vol. 5, número 1/2008, p. 3)

Discorra sobre os problemas de implantação do projeto de desenvolvimento almejado por figuras políticas como Simón Bolívar e San Martin para as ex-colônias hispânicas no século XIX. Em seguida, explique por que e de que forma a figura de Bolívar é lembrada e cultuada nos dias atuais na política latino-americana.

“A descolonização, essa ’troca de soberania’, não teve como causa exclusiva a luta dos povos por sua libertação. ”

(FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas à independência - séculos XIII a XX. SP: Cia das Letras, 1996, p. 346)

Comente essa frase, dissertando sobre os fatores que influenciaram de forma geral os movimentos de emancipação nacional das colônias europeias na Ásia e na África dos anos 1940 a 1970. Em seguida, explique por que o autor referiu-se à descolonização como “troca de soberania”.

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